segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Centenário do poeta: Vinícius de Moraes.

Me chamo Vinícius por causa do de Moraes, mas nunca me aprofundei na obra dele, mas umas das coisas marcantes do meu ano de 2013 foi o poeta, não por ser o centenário dele (19 de outubro de 1913), e sim por conta de uma interpretação que eu fiz na faculdade e também por causa do Fernando Faro que foi tão amigo dele. 

Na TV Cultura pesquisei muitas e muitas imagens do acervo para o especial Vinicius, O poeta; foram três programas, o primeiro com depoimentos de Toquinho, trechos de uma entrevista com Tom Jobim para o programa As Nascentes, que também foi dirigido pelo Faro; belas interpretações e declamações de poema; entre as declamações, Júlio Medaglia, o maestro do arranjo da música Tropicália do Caetano Veloso, recitou "Azul e Branco" que é um poema muito complicado, e Júlio fez com maestria e Tom Zé com "Pátria Minha"; o segundo foi um MPB Especial dos anos 70' com Vinícius e Toquinho, e o terceiro e último, focou bastante a obra infantil do poetinha com um depoimento incrível de Elifas Andreato, criador de tantas e tantas capas de disco, autor da capa do disco A Arca de Noé, que tem a produção musical do Fernando Faro. Elifas conta que depois de ter escutado a música O filho que eu quero ter, ele mudou a filosofia dele de não querer ter filhos, diz também que o Vinicius disse o seguinte pra ele: "Elifas, eu conheço a tua história e se você não tiver um filho, talvez você nunca irá perdoar o seu pai", mais ou menos nessas palavras. Também foi divertidíssimo gravar crianças cantando as músicas do disco A Arca de Noé...



Enfim, a boemia, o bom humor, a poética,as parcerias, a filosofia, o bom pai, o cara que gostava tanto de crianças, o poeta mais músico deste país, todas essas formas de Vinicius sendo absorvidas por mim, me fizeram ter muita admiração por ele depois de todos os depoimentos que ouvi de gente muito próxima dele, como o próprio Faro.

Quando os programas estavam indo para o ar no mês de outubro, a partir do dia 19 (dia do aniversário dele), uma semana antes do Festival 2 minutos de Áudio e Vídeo da Universidade São Judas, fui convidado para interpretar o Vinícius numa peça que fizeram com os poemas dele; o poeta foi o homenageado no festival junto com o Charles Chaplin (centenário de obra); o tema do festival de vídeo foi "Se não tivesse o amor" (Berimbau - Vinícius de Moraes e Baden Powell). Na peça eu recitei uma letra de uma música do Vinícius de Moraes, Como dizia o poeta, após um diálogo com um cético, protagonista da história. 


Todo bom brasileiro tem algum fragmento de Vinícius de Moraes embutido na cabeça, seja por causa de uma novela com trilha de músicas dele, algum poema na escola que a professora de português passou, alguma música infantil; eu tenho Vinícius no RG, CPF, e agora tenho a sua poética no meu coração. 

"Meu tempo é quando"
 1966

O site dele está com um acervo enorme após o centenário de vida dele. Acessem e até o meu próximo post.




9 comentários:

  1. Hoje eu tava ouvindo justamente ele... "É melhor ser alegre que ser triste, alegria é a melhor coisa que existe..." Gostei muito da postagem, Viny!

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