sábado, 30 de novembro de 2013

Distraído

Gosto de dar valor as coisas simples ao invés de formulas e questões de matemática. Afinal não são os números que explicam os meus sentimentos quando olho para o céu e observo os desenhos das nuvens ao se deformarem. As únicas formulas que eu conheço, são as formulas de compasso, e com elas eu sigo imaginando melodias e trilhas sonoras com o passar da tarde. Gosto de ficar distraído, pensando profundamente na harmonia que o silencio me traz. São as coisas pequenas que me fazem sorrir, me deixam feliz, como simplesmente receber uma flor e se imaginar morando numa casa do campo com o som dos pássaros e dos grilos ao anoitecer. 

Viu? É só deixar rolar a imaginação.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

O Sorriso de Bruna Caram

A primeira característica de Bruna Caram que me chamou a atenção foi o sorriso. Ela sorriu durante todo o programa praticamente. Assim como o programa Ensaio do Luiz Tatit, no programa da Bruna Caram eu também fiz a pós produção e passei a conhecer suas interpretações e carreira. Ela tem uma voz linda. Até o seu canto é sorridente.



Quando criança, Bruna Caram fez parte do grupo Trovadores Mirins, um grupo de crianças que fazem serenatas, entoam cantigas, e visitam as casas da cidade, basicamente. Com o tempo, a medida que vão crescendo, elas podem integrar o tradicional grupo dos Trovadores Urbanos, que são seresteiros também. 



É um trabalho muito bacana, ainda mais por fazerem isto na cidade cinza de São Paulo, tão ausente em cores devido a correria e tumulto diário. Imagina receber os Travadores na porta da tua casa em uma surpresa? No site Trovadores tem tudo sobre o trabalho deles e até depoimentos de quem os recebeu, contando um pouco da experiência. 


Bruna Caram, no programa Ensaio, também conta as serenatas que fez com o grupo Trovadores Urbanos e sobre a sua família de musicistas; foi com a sua tia Ana Caram que a Bruna teve suas primeiras aulinhas de canto. Ana, que toca piano e violão, além de compor e cantar, já teve em seu primeiro álbum a participação de nada mais, nada menos, que Tom Jobim, e em outro CD, conta com a participação de Caetano Veloso, Marisa Monte e até David Byrne. 

Música Ana Luíza (Ana Caram) - Composição de Tom Jobim e Chico Buarque.

Agora, conheçam e se encantem com o sorriso e a bela voz da Bruna Caram no programa Ensaio.



De lembrança, fiquei com o CD "Será bem-vindo qualquer sorriso". E o seu, Bruna, é inesquessível. 

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

TAG: 10 coisas que eu amo

Nada mais justo do que receber a primeira TAG da namorada, PINKPUFFY NANA.

Regras:
- Dar os devidos créditos ao Confie no Unicónio. 

- Passar para 3 blogs ou mais.

- Avisar aos blogs escolhidos.   



1ª - Música



Posso me imaginar em "N" maneiras, mas não consigo me imaginar sem a música. A música foi quem me despertou pra vida, para as artes, me despertou como pessoa e foi graças as letras, melodias e harmonias que escutei, que eu passei a ter interesse pela leitura e pelos estudos. 

2ª - Livros

A menina que roubava livros (Markus Zusak)

Amo a leitura, pois foi através dos livros que eu tive boa parte de mim mais humana. Ler constituiu parte meu caráter. Um livro lhe traz histórias que você nunca viveu, alguns autores fazem você fazer parte da história, ou até mesmo narram para você como se você fosse íntimo dele. Um livro pode te levar a lugares que você nunca imaginou e você pode sempre aprender com isso. 

3ª - Estar com quem eu amo

Acho que eu tenho muita sorte de ter várias pessoas maravilhosas ao meu lado. Meus pais são pessoas que admiro tanto, tanto, e é tão bom estar com eles; divergimos em muito as coisas, mas me vejo neles. Amigos? Eu tenho uma diversidade de amigos, e respeito, e admiro todos eles. Por último, não menos importante, amo estar com minha amada; é incrível você estar com uma pessoa em sintonia com você. É incrível simplesmente estar com ela. 

4ª - Tocar

Costumo dizer, que pelo menos com o contra-baixo, quando toco com a banda, ele simplesmente se torna parte do meu corpo. Dá mesma maneira, e com a mesma facilidade que um vocalista tem de encontrar as notas certas na melodia certa, eu consigo fazer isso com o contra-baixo; é aí que eu sinto a música. Música é algo orgânico. Vivo.

5ª - Interpretar

Descobri isso a pouco tempo cantando Raul Seixas com a minha banda Loteria da Babilônia. Desde o primeiro show recebi elogios. O maior deles foi: "Nossa, cara, me arrepiei com o seu grito". É uma satisfação tão grande, ainda mais quando você sabe o que é se arrepiar escutando uma música. Disseram que quando eu canto, é um momento só meu. Entro em outro mundo e nem parece que sou eu no palco.

6ª - Comer

Comer é viver. Comer é prazer. Acho a cozinha uma arte também. Isso justifica minha barriga. 

7ª - Gravar e fotografar

Isso é essencial pra quem quer fazer Radialismo. Lidar com toda a ética por traz das câmeras, e também com toda a responsabilidade de registrar uma entrevista, um número musical, e etc, é muito gratificante. Considero essas pessoas um pouco historiadoras, com um instrumento incrível: A câmera. Ela pode desbravar a vida e a alma de uma pessoa.

8ª - Dormir

É preciso e gostoso, não é? Ainda mais no frio, embaixo das cobertas. 

9ª - Escrever

Escrever é uma atividade de um Deus. É como se você fosse o Deus do que você está criando. Se você faz uma história, você a leva para onde você quiser. Se você escreve uma notícia, você conta os detalhes que você quiser. Gosto de escrever sobre o que acontece comigo, gosto de escrever para alguém e ultimamente venho aprimorando o meu criar.

10ª - Abacaxi

Deixei como a décima coisa que eu amo, mas ela não é menos que as outras. Nunca vi alguém gostar tanto de abacaxi quanto eu e tive que colocar isso separado da sexta coisa que amo. Às vezes, se deixarem, como até ficar sem tato na boca.

 Eu indico a TAG para:

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Sobre música e Santa Cecília

"Santa Cecília nos proteja".
Dia 22 de novembro é o dia da padroeira dos músicos, e a frase acima é o refrão de uma música da banda Denis Grillo e Os Gafanhotos, bons amigos meus. 


Não consegui carregar o vídeo aqui, mas clicando neste link, vai abrir o vídeo em outra aba. Não sei se o Denis vai gostar que eu esteja publicando este vídeo também, mas enfim...


Não sou um crente e nem fiel a igreja, mas tenho uma certa simpatia por essas coisas de santo, sabe? Não acredito, mas acho bonito. A história de Jesus e dos santos não deixam de ser bons exemplos, e Santa Cecília, não é diferente. 

Santa Cecília morreu entre os anos de 176, ou 180, em Roma, durante o império de Marco Aurélio. Cecília foi a primeira santa a ser encontrada com o corpo interrupto, no ano de 1559, e em 1599, o escultor Stefano Maderno escupiu uma estátua de Santa Cecília em um mármore, no mesmo tamanho e posição que o corpo da Santa se encontra, ou se encontrava até então no tumulo.



Casou-se com um tal Valeriano. O casamento foi planejado pelos seus pais, sem que ela soubesse. No dia da cerimônia, ela cantou e disse a Valeriano que um anjo defendia a sua virgindade, e que havia feito um voto de castidade a Deus para receber uma benção; Valeriano ficou incrédulo, pois ele era pagão. O que surpreende, é que Valeriano respeitou-a e converteu-se como cristão ao lado da esposa e de quebra, converteu seu irmão Tibúrcio também. 

Amar é respeitar e se casar, não é você ser feliz, é fazer alguém feliz, não é? Por isso que eu acho bonito as histórias dos santos.

O porém dessas histórias são os finais trágicos, pelo menos o da maioria. Como Santa Cecília fazia parte de uma família nobre de Roma, o prefeito da cidade, Turcius, tomou conhecimento da conversão dos dois para o cristianismo e mandou condena-los a morte. Cecília sobreviveu a asfixia, mas foi morta pelos saldados depois. O Papa Urbano da cidade, entregou todos os bens de Cecília aos pobres e transformou a casa dela em uma igrejinha. 

Mas porque ela é a padroeira dos músicos? 

Dizem que no dia de seu casamento com Valeriano, ouvindo os instrumentos durante a cerimônia, ela cantou:  
Senhor, guardai sem mancha meu corpo e minha alma, para que não seja confundida”.

Feliz dia do músico e da música.
"A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende."
Arthur Schopenhauer

ORAÇÃO À SANTA CECÍLIA
Ó gloriosa Santa Cecília, apóstola da caridade e espelho de pureza. Por aquela fé esclarecida, com que afrontastes os enganosos deleites do mundo pagão, alcançai-nos o amoroso conhecimento das verdades cristãs, para que conformemos a nossa vida com a santa lei de Deus e da Igreja. Revestinos de inviolável confiança na misericórdia de Deus, pelos merecimentos infinitos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Dilatai o nosso coração para que, abrasados do amor de Deus, não nos desviemos jamais da salvação eterna. Gloriosa padroeira nossa, que os vossos exemplos de fé e de virtude sejam para todos nós um brado de alerta para que estejamos sempre atentos à vontade de Deus na prosperidade como nas provações, no caminho do céu e na salvação eterna. Amém!
Santa Cecília, rogai por nós!

Fonte:
portaldamusicacatolica.com.br

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O Cancionista Luiz Tatit

Dentre as minhas atividades como estagiário no programa Ensaio da TV Cultura, estão as pesquisas de imagens e checagem de programa antes dele ir pro ar. Nas minhas primeiras semanas, fiz essas atividades de pós-produção e me deparei com o cancionista Luiz Tatit.



Cancionista? Luiz Tatit? 

Luiz Tatit é um músico, cancionista, compositor, professor de Linguística da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP, e é irmão de Paulo Tatit, responsável por várias músicas infantis que todo mundo tem implantada na mente... Estou falando do grupo Palavra Cantada. 





"Caranguejo não é peixe, Caranguejo peixe é. Caranguejo só é peixe na enchente da maré"

Denomino o Tatit como cancionista, pois ele denomina o Chico, Caetano, e outros ícones da música brasileira, como cancionistas porque eles casam a palavra com a melodia com perfeição e um certo simplismo. Um músico, lê partituras e pode acabar como um compositor e instrumentista (praticamente técnico); existem os letristas, que com muita sensibilidade, conseguem fazer rimas entre os versos e os cancionistas não precisam necessariamente ler partitura, mas conseguem fazer uma letra casar com uma melodia; ou seja, um cancionista faz canção. 

Tatit estuda os signos da música popular brasileira através da semiótica. Semiótica é uma coisa muito cabeçuda, pelo menos eu acho, e não vou conseguir explicar, mas posso denominar para vocês: A semiótica é uma ciência que estuda os signos das palavras, imagens, e entre outros; é um estudo que explica os fenômenos culturais da significação. Pois é, eu disse que seria cabeçudo. 

Voltando...

Luiz e Paulo Tatit tiveram uma banda juntos com os companheiros da faculdade ECA (Escola de Comunicação e Artes da USP), no início da era de vanguarda paulistana, chamado Grupo Rumo, com composições autorais, e em paralelo, eles faziam um projeto chamado Rumo aos antigos, que foi um trabalho de resgatar músicas dos anos 40', 50'. Lançaram o seu primeiro LP em 1981.  

Os Titãs eram nove, não é? O Grupo Rumo, com a formação original, foi composto por Luiz Tatit, Ná OzzettiHélio Ziskind, Akira UenoPaulo Tatit, Ciça Tuccori, Pedro Mourão, Gal OppidoZecarlos Ribeiro, Geraldo Leite, completando 10 integrantes. Em 85', Ciça Tuccori saiu do grupo e deu lugar a mais dois, Ricardo Breim e Fábio Tagliaferri. Só perdem para a Trupe do Chá de Boldo, que são 12, não é? Para decidirem algo, eles deveriam fazer um grande tribunal. 




O Grupo Rumo se desfez no início dos anos 90'. Ná Ozzeti faz carreira solo e toca com o seu irmão Dante Ozzetti. Paulo Tatit ficou com o grupo Palavra Cantada e o Luiz seguiu solo. Nesse programa Ensaio, seu filho, Jonas Tatit, o acompanha.

Olha só a genialidade das canções de Luiz Tatit (essa é com o Grupo Rumo):



O que mais me impressionou no programa Ensaio com Luiz Tatit, foi a canção Baião de Quatro Toques, canção dele em parceria com Zé Miguel Wisnik. Ele conta que o Zé pediu pra ele escrever a música a partir dos quatro toques Beethoven: "Tam tam tam taam..."

"Não sei porque eu tô tão feliz. Vai ver que é pra esconder no fundo uma infelicidade. Pensei que fosse por aí, fiz todas terapias que tem na cidade. A conclusão veio depressa e sem nenhuma novidade, o meu problema era felicidade. Não fiquei desesperado, não, fui até bem razoável. Felicidade quando é no começo ainda é controlável"


O trecho acima, é de uma de suas canções mais conhecidas, chama-se Felicidade.




Luiz Tatit tem músicas regravadas por grandes nomes como Ney Matogrosso e Zélia Duncan; sabe aquela música Capitu que a Zelia canta? Pois então, é dele.



Assistam o programa:





Esse foi o segundo programa em que o meu nome foi creditado como estagiário de produção. 




Fontes: Programa Ensaio
Revista Brasileiros

MCD

Overmundo



segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Acontecer

É agonizante essa dor feliz
Essa Felicidade dolorosa
Esse ser e não ser
Ter e não ter
Esse querer e não poder
Esse odiar, mas te amar
É preciso acontecer
Para o sentimento frutificar ou apodrecer

O medo reprimi
O medo proibi

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

O que fazer com este Blog?

O que fazer com este blog? Pois bem, na realidade nem eu sei ao certo. Posso responder o que me inspirou a fazer isso? 

Diria que o acaso me inspirou. O acaso me levou a ser músico, me levou a cantar, escrever e tocar. O acaso me levou a me tornar um Radialista, fazer faculdade, e, quem diria, trabalhar no canal em que todas as crianças da minha geração assistiam: a nostálgica TV Cultura, e por fim trabalhar no programa Ensaio com o Fernando Faro, que tem me proporcionado experiências incríveis ao conhecer diversos artistas e suas histórias. Me pergunto se isso também não é ser um artista? Por exemplo, você transformar uma entrevista em algum produto interessante para entreter um telespectador, e ainda agregar e preservar a cultura como registro. 

Não, não acho que o acaso tenha tornado minha vida interessante ao ponto de escrever qualquer coisa num blog e ter várias visualizações, e etc; o acaso tem me dado fome de escrever, fome de vomitar experiências que irei guardar na lembrança; escrever por escrever.


Quem sou eu?

Eu sou Vinícius Sobrinho. Não sou Sobrinho do de Moraes, Sobrinho é o sobrenome do meu pai. Tenho vinte verões e não sei falar sobre minha personalidade e nem cabe escrever sobre isso aqui. Amo livros, música e a arte. Toco em uma banda de rock alternativo de Santo André, a The Vallens; canto Raul com a banda Loteria da Babilônia e sou compositor em um projeto paralelo, projeto de férias, Desafogo de Dezembro. 


Quero escrever, e guardar aqui, experiencias que vivi e que não vivi, saudades do que não vivi e saudades que eu sentir.